sábado, 15 de abril de 2017

Nilton Capixaba é indiciado por lavagem de dinheiro

Os Deputados Nilton Capixaba do PMDB e Marcos Feliciano do PSC

Por Congresso em Foco 

A Polícia Federal indiciou o deputado Nilton Capixaba (PTB-RO), acusado de participar da máfia das ambulâncias, por lavagem de dinheiro e corrupção.
O parlamentar prestou depoimento na quarta-feira, na sede da Polícia Federal, sobre a ligação de parlamentares com a quadrilha especializada em fraudar a compra pública de ambulâncias. Capixaba é um dos 67 deputados federais que respondem a processo de cassação por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Câmara.
O sócio-proprietário da Planam Luiz Antonio Vedoin, apontado como o líder dos sanguessugas, apresentou à Justiça Federal comprovantes de depósitos feitos na conta bancária do deputado Nilton Capixaba e de assessores, num total de R$ 631,6 mil. Vedoin teria dito que os recursos foram pagos ao congressista em troca da apresentação de emendas ao Orçamento da Saúde que pudessem beneficiar a Planam.
No seu depoimento à PF, Capixaba declarou que o dinheiro foi recebido por ele a título de doações de campanha. O parlamentar se comprometeu a entregar em dez dias úteis os extratos bancários das três contas que mantém no Banco do Brasil e na Caixa nas quais foram depositados recursos de Vedoin.
Até o fim deste mês, os policiais federais devem encaminhar o inquérito ao Supremo, que decidirá, após a manifestação do procurador-geral da República, se abre ação penal contra ele.

Petista prevê mudanças no Banco Central

Cotado para assumir o Ministério da Fazenda, o prefeito de Belo Horizonte, o economista Fernando Pimentel (PT), disse que os atuais diretores do Banco Central não terão seus mandatos renovados. "Falar se vai ter mudanças ou não, isso aí não me compete. Isso aí é o presidente da República. Os diretores do banco têm mandato. O mandato deles acho que vence no final do ano. Possivelmente haja mudanças por causa do fim do mandato", afirmou, em entrevista ao site Terra Magazine.
Apesar de não saber se o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, continuará no cargo, Pimentel elogiou seu trabalho no BC. "Acho que ele fez um bom trabalho no BC nesses quatro anos. O sujeito pode reclamar que o juros estão muito altos, mas ele representou um ponto de equilíbrio muito importante no governo. Agora, ele é um homem adequado para ficar nesse novo contexto? Não sei. De repente pode ser ele, porque políticas econômicas o sujeito pratica outra, muda. Não está carimbado na testa dele que vai ser eterno defensor de juros elevados", argumentou.
Apontado como um dos ministeriáveis na segunda gestão de Lula, o economista assegurou que Guido Mantega será mantido no Ministério da Fazenda. "O Guido vai ficar, o presidente já me falou. Ele disse para mim que ia fazer aquela nota [sobre Mantega] porque eu comentei com ele que toda vez que vou a Brasília fica a conversa de que vou ser ministro [da Fazenda]. É desagradável".

MST pode promover greve geral:

O Movimento dos Sem-Terra (MST) está se preparando para promover ações mais intensas no próximo governo. Segundo o jornalista Roldão Arruda, do Estado de S. Paulo, o movimento já começa a analisar com outras organizações a possibilidade de uma greve geral contra a política econômica.
"O ciclo de invasões de terras que o movimento costuma promover no mês de abril em todo o Brasil já está sendo articulado. O objetivo é chamar a atenção para a questão da reforma agrária com uma série mais intensa de ações que a do chamado abril vermelho, que resultou em 103 invasões em 2004. Em maio, o MST pretende desembarcar 15 mil militantes em Brasília, para a realização do congresso nacional da organização", diz Roldão Arruda.
De acordo com a reportagem, a greve, que poderia acontecer em maio, teria dois objetivos: conter as reformas previstas na área trabalhista e forçar o governo a dar mais atenção às questões sociais, com mudanças na política econômica. "O assunto deve aparecer na pauta da próxima reunião da Coordenação Nacional dos Movimentos Sociais, marcada para o dia 11, na escola de formação de quadros que o MST mantém em Guararema, interior de São Paulo", afirma o jornalista.

ANJ critica declarações de Requião:

Por meio de uma nota, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) criticou "a forma como o governador do Paraná, Roberto Requião, se referiu a jornalistas e empresas de comunicação em entrevista coletiva". Na segunda-feira, em entrevista no Palácio Iguaçu, Requião acusou a imprensa de "fazer campanha" para eleger seu adversário, o senador Osmar Dias (PDT).
"A Associação Nacional de Jornais lamenta e condena a forma como o governador do Paraná, Roberto Requião, se referiu a jornalistas e empresas de comunicação em entrevista coletiva após sua reeleição. O governador foi grosseiro, desrespeitoso e procurou criar um clima de hostilidade contra quem exerce de forma legítima seu direito de informar a opinião pública", diz a nota. O presidente da ANJ, Nelson Sirotsky, afirma que é lamentável que um governador "se porte com tamanha beligerância e desatino"
Na quarta-feira, a assessoria de imprensa do governo do Paraná emitiu nota relacionando os espaços dados pelos principais órgãos de imprensa ao governador e a Osmar Dias. Segundo a nota, desde 1º de julho foram 6.028 reportagens contra Requião, enquanto Dias teria tido 2.820 reportagens contrárias. "É lastimável que alguns jornalistas tenham assumido de forma tão veemente a defesa da empresa e não da imprensa", afirma o texto.

Confira a íntegra da nota divulgada pela ANJ:
"A Associação Nacional de Jornais lamenta e condena a forma como o governador do Paraná, Roberto Requião, se referiu a jornalistas e empresas de comunicação em entrevista coletiva após sua reeleição. O governador foi grosseiro, desrespeitoso e procurou criar um clima de hostilidade contra quem exerce de forma legítima seu direito de informar a opinião pública.
É lamentável que um governador de Estado, a quem cabe a responsabilidade de administrar os interesses de toda a coletividade, se porte com tamanha beligerância e desatino. Como homem público, deveria zelar pelo livre exercício do jornalismo, pressuposto básico da democracia.
A sociedade e seu direito de ser informada constituem valor permanente, que o governador Roberto Requião parece desconsiderar. Convicta de que os meios de comunicação do Paraná e do Brasil não se constrangerão diante da truculência do governador, a ANJ reafirma que a liberdade de imprensa é um pressuposto da sociedade democrática. Por isso precisa ser respeitada e defendida por todos.
Nelson P. Sirotsky
Presidente da Associação Nacional de Jornais"


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